Sobre

Um panorama sobre o papel do agronegócio brasileiro

O agronegócio não se resume ao plantio, à colheita ou à criação de animais para a produção de alimentos e posterior consumo humano, embora essas práticas sejam parte integrante das atividades do setor.

Por isso, é importante entender qual é a atuação do agronegócio como um todo. Assim, esse termo procura englobar toda a cadeia de produção de uma diversos produtos, indo desde:

  • cultivo de uma série de culturas;
  • fornecimento de fertilizantes e de outros produtos químicos;
  • fabricação de maquinário apropriado;
  • transporte;
  • processamento e industrialização de determinados itens;
  • desenvolvimento de novas tecnologias que permitam ampliar e aperfeiçoar todos esses processos.

Ou seja, com isso, o agronegócio não fica restrito ao que acontece na fazenda. Ao mesmo tempo que aquilo que é produzido no campo alimenta a cidade, muitas das inovações que surgem nos centros urbanos contribuem com a melhoria de processos dos produtores rurais de diversas escalas.

No Brasil, o agronegócio aparece como principal segmento da economia nacional. Nas últimas décadas, o setor experimentou um crescimento sem precedentes, tornando-se também referência internacional, tanto na capacidade produtiva quanto na adoção de novas tecnologias e ferramentas de inovação.

Prova disso, por exemplo, são o desenvolvimento eficiente de culturas que até então não eram afeitas ao clima de algumas áreas do país, como é o caso da soja. Isso só aconteceu graças ao investimento intensivo em pesquisa, um dos pilares do agronegócio brasileiro.

Hoje, esse produto lidera a produção do agronegócio nacional e é o principal produto de exportação nacional, dando ao Brasil o posto de maior produtor global do grão, com frequentes recordes de produção a cada safra. A expectativa é de que entre 2020/2021, o montante colhido alcance 133,7 milhões de toneladas.

Com isso, o agronegócio brasileiro se destaca tanto nas exportações, trazendo recursos financeiros importantes para o país, quanto no abastecimento interno, fornecendo alimentos com a quantidade e a qualidade necessárias, sempre com preços competitivos. Sem isso, o fantasma da inflação alta rondaria com mais força o bolso dos consumidores brasileiros.

A participação do setor agro no PIB nacional

Toda a força do agronegócio nacional pode ser traduzida em números. Ainda que a economia em 2021 continue intensamente afetada pelas consequências da pandemia de Covid-19, a produção desse setor segue forte, com boa participação no PIB nacional.

Em 2020, inclusive, o agronegócio foi o único setor que apresentou crescimento, de acordo com o levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano passado, esse segmento da economia avançou 2% em relação a 2019. Embora pareça pouco, o resultado é excelente, ainda mais quando levamos em conta que a economia como um todo despencou 4,1% no mesmo período.

De acordo com os cálculos da Confederação da Agricultura e da Pecuária (CNA), o agronegócio responde por 26,6% na participação do PIB nacional. Ou seja, a cada R$4 da produção brasileira no ano de 2020, R$1 foi oriundo das atividades do agronegócio.

Os números da CNA consideram toda a cadeia do agronegócio e não apenas o que é produzido nas fazendas. Isso inclui toda a cadeia de produção, como o fornecimento de insumos, os processos de industrialização e o investimento em máquinas e serviços. Esses excelentes resultados foram impulsionados por dois principais fatores: o primeiro deles envolve os sucessivos recordes de produção, como ilustra o exemplo da soja.

O outro aspecto diz respeito à alta nas cotações de diversos produtos, principalmente por causa do aumento da demanda e da elevação do preço do dólar em relação ao real!

pt_BRPortuguese